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Foto do escritorCláudio Giordano

Itens menores da BVReppucci

Atualizado: 11 de jul. de 2020


O acervo da BVReppucci (aliás, como todo acervo de colecionista) acolhe tanto itens fisicamente "monumentais" quanto uma simples folha e, entre esses dois extremos, livros, opúsculos, revistas etc. dos mais variados tamanhos e importância. Bom número deles (por exemplo, documentos) são arquivados em caixas ou pastas coletivas).

É o caso de duas pequenas publicações francesas: um catálogo de revendedor de vinhos e um semanário em forma de pequena revista, ambos publicados nos primeiros anos da década de 1930; trazemos os dois à baila para amenizar estes tempos intranquilos da pandemia do covid-19, devido ao caráter simples, descontraído, quando não jocoso, mas sugestivo, das ilustrações das duas publicações.

O catálogo, de pequena dimensões (14 x 18cm. - 20pp.) promove os produtos da revendedora Caves Félix Potin. Félix Potin (1820-1871) foi um exitoso empreendedor francês, fundador do que se tornou uma cadeia de lojas de varejo e distribuição em massa que, mesmo depois de sua morte se expandiu, atuando até 1958, quando foi vendida e anos depois liquidada.

Cada seção do catálogo é ornada de vinhetas que procuram expressar a natureza das bebidas anunciadas.


Vinhos

de mesa









Bordéus

(Bordeaux)








Champanhes










Vinhos do Porto









Mâconnais, Beaujolais,

d’Alsácia, d’Anjou...


Buscando informação sobre L'Animateur des Temps Nouveaux, encontramos que Louis Forest (1872-1933, pseudônimo de Louis Nathan) a fundara em 1926 (nº1, 12/março) dirigindo-a até seu encerramento em 1933 (nº 406, 15/dezembro); o semanário era anti-marxista e anti-estatal; Forest representava a direita liberal, engajando-se em todos os debates políticos de seu tempo; alinhava-se entre os defensores de Dreyfus e — detalhe interessante — era ligado à empresa Félix Potin (de cujo catálogo de bebidas demos uma amostra acima.)

Este exemplar da BVR é um "número especial" (379, 9/jun/1933 — 24 x 15cm, 24pp.) dedicado ao "Bom Vinho da França", título do texto de abertura, onde se lê:


"Durante a Grande Guerra [a 1ª] houve um momento trágico, entre muitos outros, quando o Governo receou viesse a faltar o pinard [vinho de mesa] ao exército. O soldado sem vinho? O que está acontecendo?

Graças ao Midi, aos departamentos argelinos e à Tunísia, o soldado francês não ficou sem seu quinhão de vinho.

A situação hoje é inversa: não se receia mais a falta do pinard mas sim o excesso de quantidade dele. Será que essa abundância de bens torna-se nociva, estabelecendo uma crise dos vinhos e comprometendo o entendimento entre os vários departamentos da França?

É o que a L’Animateur des Temps Nouveaux se esforçará para expor, com sua costumeira imparcialidade, visando unicamente salvaguardar o interesse comum."


L’Animateur expõe o quadro de conflito: vinhos do Midi contra vinhos da Argélia. Os vinhateiros do Midi alegam que a produção da Argélia e sua entrada no mercado francês deve ser limitada.

Não se briga à cabeceira da cama da mãe.

O deputado Barthe, porta-voz oficial dos vinhateiros do Midi primeiro disse que “o aumento de 18 milhões de hectolitros da produção argelina constitui um perigo mortal para toda a vinicultura. É preciso contingenciar a produção da Argélia”.

Mais tarde, mudando de tom, disse: “No futuro não haverá mais França e Argélia agrícola, mas apenas uma grande França”. Não estará ele contrariando o provérbio: In vino veritas?

Vinhos do Midi contra vinhos da Argélia?

O Midi da França e a Argélia são grandes produtores de vinho.

O problema do vinho não é um problema de interesse geográfico. É um problema de interesse nacional.

Limitar a entrada do vinho argelino no mercado da França será a ruína da Argélia, pois a vinha e o vinho são sua grande riqueza. Além do que, esse país é dos maiores consumidores dos produtos franceses.

O Departamento francês da Argélia pretende apenas igualdade de tratamento, uma unidade nacional. Se a produção do vinho carece de um contingenciamento, este deve ser uniforme para todos os Departamentos franceses — metropolitanos e argelinos. Do contrário haverá duas categorias de franceses — os da França metropolitana e os da França argelina.

Os produtos franceses entram livremente na Argélia. Então os produtos argelinos devem também entrar livremente na França.

Os vinhos argelinos são indispensáveis aos vinhos do Midi. São de excelente qualidade, ricos em álcool e de sabor agradável. E efetivamente são os reguladores da qualidade e dos preços dos vinhos. Suprimir esse regulador, ou tolher sua ação, seria desorganizar a viticultura francesa e espoliar o consumidor francês.

Feitas essas ponderações, e dizendo que o contingenciamento dos vinhos argelinos é remédio que agravaria o mal, L’Animateur afirma que existem medidas eficazes e aptas a superar a crise vinícola, crise mais de qualidade do que de quantidade: Interdição pura e simples dos piquettes. Obtêm-se os piquetes, jogando água nos resíduos de cascas e bagos das uvas que produziram vinho. A lei faculta o fazimento dessa bebida, que nem vinho é, mas apenas para consumo doméstico, não podendo ser comercializada. Incontáveis produtores não resistem à tentação de transformar piquettes em péssimos vinhos, provocando nova fermentação dos bagaços mediante a adição de açúcar e ácido tartárico.

Com ou não contravenção, ou seja, venda ilícita, isso significa a produção de 60 milhões de hectolitros de piquette, reduzindo igual quantidade no consumo do vinho bom, do vinho real.

Em seu artigo final, resume a revista:


Na verdade não existe excesso de vinho: o que existe é o abuso de vinhos falsos. Por incrível que pareça, há aqueles que fazem vinho de tudo, menos de uvas. Tão ilógico e estanho quanto a lei que autoriza a fabricação e o consumo de piquettes infames de 3 ou 4 graus; em contrapartida proíbe o consumo de vinhos naturais de menos de 8 graus, vetando assim produtos saudáveis e reconfortantes. Beber em família não é pura e simplesmente beber?

O problema da crise vinícola está aí. Enquanto não se interditarem os piquettes, não se estará fazendo nada para aliviar a crise do mercado de vinhos. Há uma conspiração de silêncio em torno dos piquettes. Ninguém na Câmara se atreve a levantar-se contra o assunto dos piquettes, com medo de descontentar os eleitores ou alguns grandes interesses. O piquette tornou-se artigo de fé do catecismo demagógico. É um crime sacrificar-se o interesse nacional e a saúde dos consumidores aos interesses eleitorais. Não haverá no Parlamento alguém suficientemente honesto e assaz independente para abrir o processo público do piquette?

Restabeleça-se a probidade vinícula, e a Argélia e o Midi brindarão sua mútua saúde. Isso só será possível se forem eliminados do mercado os produtos inferiores que prejudicam o consumo e as vendas; proibir terminantemente a fabricação de piquettes provenientes da lavagem dos bagaços de uvas; permitir apenas a fabricação de vinho de uvas; reforçar a repressão das fraudes e aplicar o rigor das leis.

Tomadas essas medidas, acabarão os conflitos entre os departamentos do Midi e os da Argélia. Aí está a solução e não alhures.




 


Biblioteca Vinaria Reppucci- Items menores


La colección de BVReppucci, (por cierto, al igual que toda colección), acoge tanto items físicamente "monumentales" como una simple hoja y, entre estos dos extremos, libros, opúsculos, revistas, etc. de los más variados tamaños e importancia. Un buen número de ellos (por ejemplo, documentos) son archivados en cajas o carpetas colectivas.

Es el caso de dos pequeñas publicaciones francesas: un catálogo de revendedor de vinos y un semanario en forma de pequeña revista, ambos publicados a principios de la década de 1930; traemos los dos a colación para amenizar estos tiempos intranquilos de la pandemia de covid-19, debido al carácter simple, relajado, cuando no jocoso, sino sugerente, de las ilustraciones de las dos publicaciones.


El catálogo, de pequeñas dimensiones (14 x 18cm. - 20pp.) promueve los productos de la revendedora Caves Félix Potin. Félix Potin (1820-1871) fue un exitoso empresario francés, fundador de lo que se convirtió en una cadena de tiendas minoristas y de distribución masiva que, incluso se expandió después de su muerte, actuando hasta 1958, cuando fue vendida y años más tarde liquidada.

Cada sección del catálogo está adornada con viñetas que buscan expresar la naturaleza de las bebidas anunciadas.



Vinos

de mesa







Bordéus

(Bordeaux)






Champanhes












Vinos do Porto








Mâconnais, Beaujolais,

d’Alsácia, d’Anjou...



Buscando información sobre L'Animateur des Temps Nouveaux, encontramos que Louis Forest (1872-1933, seudónimo de Louis Nathan) la fundara en 1926 (no 1, 12/marzo) dirigiéndola hasta su cierre en 1933 (n. 406, 15/diciembre); el semanario era anti-marxista y antiestatal; Forest representaba la derecha liberal, participando en todos los debates políticos de su tiempo; se alineaba con los defensores de Dreyfus y - detalle interesante - estaba vinculado a la empresa de Félix Potin (de cuyo catálogo de bebidas dimos una muestra).

Este ejemplar de BVR es un "número especial" (379, 9/Jun/1933 — 24 x 15cm, 24pp.) dedicado al "Buen Vino de Francia", título del texto de apertura, que dice:


"Durante la Gran Guerra [la primera] hubo un momento trágico, entre muchos otros, cuando el Gobierno temía que viniera a faltar al ejército el pinard [vino de mesa]. ¿El soldado sin vino? ¿Qué está pasando?

Gracias al Midi, (sur de Francia), los departamentos argelinos y Túnez, el soldado francés no quedó sin su ración de vino.

La situación actual se invierte: uno ya no tiene miedo de la falta de pinard, sino del exceso de la ración. ¿Se vuelve perjudicial esta abundancia de bienes, estableciendo una crisis de los vinos y comprometiendo el entendimiento entre los varios departamentos de Francia?

Esto es lo que L'Animateur des Temps Nouveaux se esforzará por exponer, con su habitual imparcialidad, con el único objetivo de salvaguardar el interés común."


L'Animateur expone la imagen del conflicto: vinos del Midi contra vinos Argelinos. Los viticultores del Midi afirman que la producción de Argelia y su entrada en el mercado francés deben ser limitada.



El diputado Barthe, portavoz oficial de los viticultores del Midi, dijo en primer lugar que "el aumento de 18 millones de hectolitros en la producción argelina representa un peligro mortal para toda la vinicultura. Es necesario limitar la producción de Argelia."

Más tarde, cambiando su tono, dijo: "En el futuro no habrá más Francia y Argelia agrícolas, sino sólo una gran Francia". ¿No está contradiciendo el proverbio: In vino veritas?

¿Vinos del Midi contra vinos de Argelia?

El Midi de Francia y Argelia son grandes productores de vino.

El problema del vino no es un problema de interés geográfico. Es una cuestión de interés nacional.

Limitar la entrada de vino argelino en el mercado de Francia será la ruina de Argelia, ya que los viñedos y el vino son su gran riqueza. Además de que, ese país es uno de los mayores consumidores de productos franceses.

El Departamento francés de Argelia sólo quiere la igualdad de trato, una unidad nacional. Si la producción de vino carece de una contingencia, ésta debe ser uniforme para todos los Departamentos franceses - metropolitanos y argelinos. De lo contrario habrá dos categorías de franceses - los de la Francia metropolitana y los de la Francia argelina.

Los productos franceses entran libremente en Argelia. Entonces los productos argelinos también deben entrar libremente en Francia.

Los vinos argelinos son indispensables para los vinos del Midi. Son de excelente calidad, ricos en alcohol y de sabor agradable. Y efectivamente son los reguladores de la calidad y los precios de los vinos. Suprimir este regulador, o eliminar su acción, desorganizaría la viticultura francesa y expoliaría al consumidor francés.

Habiendo hecho estas consideraciones, y diciendo que la contingencia de los vinos argelinos es un remedio que agravaría el mal, L'Animateur afirma que existen medidas eficaces y capaces de superar la crisis del vinícola, crisis más de calidad que cantidad: pura y simple interdicción de los vinos de mala calidad. Se obtienen estos vinos de mala calidad, arrojando agua a los residuos de hollejos y granos de las uvas que producían vino. La ley prevé la elaboración de esta bebida, que ni siquiera es vino, sino sólo para el consumo doméstico, y no se puede comercializar. Innumerables productores no se resisten a la tentación de convertir este vino de mala calidad en vinos pésimos, causando una nueva fermentación del desperdicio añadiendo azúcar y ácido tartárico.

Con o sin contravención, es decir, venta ilícita, esto significa la producción de 60 millones de hectolitros de vino de mala calidad, reduciendo la misma cantidad en el consumo de buen vino, de vino real.

En su artículo final, resume la revista:


De hecho, no hay exceso de vino: lo que existe es el abuso de vinos falsos. Sorprendentemente, hay quienes hacen vino de todo menos de uvas. Tan ilógico y extraño como la ley que autoriza la fabricación y el consumo de vinos infames de 3 o 4 grados; y en cambio, prohíbe el consumo de vinos naturales de menos de 8 grados, vetando así productos saludables y reconfortantes. Beber en familia ¿No es pura y simplemente beber?

El problema de la crisis del vino está ahí. Hasta que no se prohíban los malos vinos, no se hará nada para aliviar la crisis en el mercado del vino. Hay una conspiración de silencio alrededor de esos malos vinos. Nadie en la Cámara se atreve a oponerse a la cuestión de esos malos vinos, por temor al descontento de los votantes o algunos grandes intereses. Los malos vinos se convirtieron en un artículo de fe del catecismo demagógico. Es un crimen sacrificar el interés nacional y la salud de los consumidores a los intereses electorales. ¿No hay alguien en el Parlamento que sea lo suficientemente honesto y muy independiente para abrir el proceso público a los malos vinos?

Restablezcase la probidad vinícola, y Argelia y el Midi brindarán mutua salud. Esto sólo será posible si fueran eliminados del mercado los productos inferiores que perjudican el consumo y las ventas; prohibir la fabricación de vinos de mala calidad provenientes del lavado de orujos de uva; permitir únicamente la fabricación de vino de uva; reforzar la represión del fraude y hacer cumplir la rigurosidad de las leyes.

Una vez tomadas estas medidas, los conflictos entre los departamentos del Midi y los de Argelia terminarán. Ahí está la solución, no en otro lado.





Traducido por Roberto Vallasciani.







 


Smaller items of BVReppucci



The BVReppucci collection (in fact, like any collector's compendium) contains both the "monumental" items as well as a simple sheet and, in between of those two extremes, books, booklets, magazines, etc. of the most varied sizes and importance. A good number of them (for example, documents) are filed in boxes or collective folders).

It's the case of two small French publications: a wine dealer catalog and a small weekly magazine, both published in the early 1930s; we bring the two to the fore to soften the uneasy times of the covid-19 pandemic, due to the simple, relaxed, if not playful, although suggestive character of the illustrations of the two publications.



The small catalog (14 x 18cm. - 20pp.) promotes the products of the dealer Caves Félix Potin. Félix Potin (1820-1871) was a successful French entrepreneur, the founder of a retail stores chain and a mass distributor that, even after his death, continued to expand and operated until 1958, when it was sold and years later, it was liquidated.

Each section of the catalog is decorated with vignettes that seek to express the nature of the advertised drinks.



Table Wine







Bordeaux








Champagne









Port Wines









Mâconnais, Beaujolais,

d’Alsácia, d’Anjou...



Seeking information on L'Animateur des Temps Nouveaux, we found that Louis Forest (1872-1933, pseudonym of Louis Nathan) founded it in 1926 (N.1, March 12th) leading it until its closure in 1933 (N. 406, December 15th); the weekly publications were anti-Marxist and anti-government; Forest represented the liberal right, engaging in all the political debates of his time; he was aligned with Dreyfus defenders and - interesting detail - he was connected to the Félix Potin company (the catalog we mentioned above.)

Said BVR sample is a "special number" (379, June 9, 1933 - 24 x 15cm, 24pp.), dedicated to "the Good Wine of France", the title of the opening text, where we read:


During the Great War [the 1st] there was a tragic moment, among many others, when the Government feared that the army would lack pinard [table wine]. A soldier with no wine? What is going on?”

Thanks to the Midi, to the Algerian departments and to Tunisia, the French soldiers were not left without their share of wine.

The situation today is the reverse: we no longer fear the lack of pinard wine, but conversely, the excess of it. Does such abundance of goods become harmful, establishing a wine crisis and compromising the understanding between the various departments of France?

This is what L'Animateur des Temps Nouveaux will strive to explain, with its customary impartiality, solely aiming to safeguard the common interest.


L'Animateur exposes the conflict scenario: wines from the Midi versus wines from Algeria. Midi winemakers claim that Algerian production and its entry into the French market should be limited.


Deputy Barthe, the official spokesman for Midi winemakers, first said that “the 18 million hectoliter increase in Algerian production is a deadly danger to the entire wine industry. It is necessary to limit the production in Algeria ”.

Later, changing his tone, he said: "In the future, there will be no more France and agricultural Algeria, but just one great France". Is he not contradicting the proverb: In vino veritas?

Midi wines versus Algerian wines?

France's Midi and Algeria are major wine producers.

The wine problem is not a problem of geographical interest. It is a matter of national interest.

Limiting the entry of Algerian wine into the French market will be the ruin of Algeria, as vineyards and wine are its great wealth. In addition, that country is one of the largest consumers of French products.

The French Department of Algeria only wants an equal treatment, a national unit. If wine production needs to be restricted, it must be uniform for all French departments - metropolitan and Algerian. Otherwise there will be two categories of French - those of metropolitan France and those of Algerian France.

French products enter Algeria freely. So Algerian products must also enter France freely.

Algerian wines are indispensable to Midi wines. They are of excellent quality, rich in alcohol and have a pleasant taste. And they effectively regulate wine quality and prices. To suppress this regulator or shorten its action would disorganize the French viticulture and spoil the French consumer.

Having made these considerations and stating that the contingency of Algerian wines is a remedy that would aggravate evil, L'Animateur affirms that there are effective and appropriate measures to overcome the wine crisis, a crisis more of quality than quantity: The pure and simple interdiction of piquettes. The pickets are obtained by pouring water on the residues of grape skin and berries of the grapes that produced the wine. The law allows the making of this drink, which is not wine, but only for domestic consumption and it cannot be marketed. Countless producers do not resist the temptation to turn piquettes into terrible wines, provoking a new fermentation of the grape bagasse by adding sugar and tartaric acid.

Being a misdemeanor or not, that is, the illicit sale, it represents a 60 million hectoliters production of piquette, therefore reducing the same amount of consumption of good wine, real wine.

In its final article, the magazine summarizes:


In fact, there is no excess of wine: in fact, there is an abuse of fake wines. Amazingly, there are those who make wine from anything but grapes. As illogical and strange as the law that authorizes the manufacture and consumption of shameful piquettes of 3 or 4 degrees; on the other hand, it prohibits the consumption of natural wines of less than 8 degrees, thus vetoing healthy and comforting products. Isn't drinking with the family, simply drinking?

That is the problem of the wine crisis. Until the piquettes are banned, nothing will alleviate the crisis in the wine market. There is a silent conspiracy around the piquettes. No one in the House dares to stand up against the piquettes subject, with fear of dissatisfying voters or big interests. The piquette became an article of faith in the demagogic catechism. It is a crime to sacrifice the national interest and the health of the consumers to electoral interests. Isn't there anyone in the Parliament who is honest and independent enough to start a public action against the piquette?

Once the vine probity is restored, Algeria and the Midi will toast for their mutual health. This will only be possible if the inferior products that harm the consumption and the sales are banned from the market; prohibit once and for all the manufacture of piquettes made from washing grape marc; allow only the manufacture of grape wine; reinforce repressive measures against fraud and enforce strict laws.

Once these measures are taken, the conflicts between Midi's and Algeria's departments will end. There is the solution; not elsewhere.





Translated by Mônica H. Reppucci.



 

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